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outubro 07, 2009

Sambarquitectura

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Na Rocinha, a maior favela da América Latina, vivem entre 150 e 200 mil pessoas.
As ruas têm em média 1.20m de largura.
A maior parte da população é analfabeta e o tráfego de droga é uma das principais actividades. Existiam apenas três escolas. Esta é a quarta.

Documentário realizado por um estudante de arquitectura acompanhando (e integrando) o processo de construção da escola.



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maio 07, 2009

Em Arquitectura nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.

"Escocia es una tierra... no es una serie de ciudades.
El parlamento debería ser capaz de reflejar la tierra que representa.

El terreno abierto.
Esta imagen es crucial para comprender las posibilidades del terreno.
La misma tierra será un material, un material construtivo físico.
Nos gustaría que las cualidades que turba presta al agua y a la hierba fuesen la base del nuevo Parlamento. De este modo se marca una distancia conceptual con respecto al Holyrood Palace. Mientras que el palacio es un edificio situado sobre el paisaje, vinculado a la tradicion de cultivo de jardines, el nuevo Parlamento Escocés quedaría encajado en la tierra."

Enric Miralles, Abril 1999

março 28, 2009

Pôr o carro à frente dos bois

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O que me incomoda no projecto do novo museu dos coches não é o projecto do novo museu dos coches. É, isso sim, o processo que está na sua génese e que lhe dá razão de existir. Obras de(o) Regime sempre as houve e vão continuar ser realizadas e pensadas(?). A arquitectura em Portugal, aquela da qual se fala, se ensina e se estuda, resulta da encomenda e do financiamento do Estado (monárquico ou republicano) e do Clero. Fora deste eixo, existem casos e obras dignas de referência é verdade, mas poucas e de contexto especifico. Note-se que, por ex., para o CCB foi realizado um concurso público (restrito, é verdade, mas ainda assim um concurso). Tal como para a Casa da Musica (dois exemplos recentes e de envergadura semelhante). Ora é aqui que reside um dos dois vectores do meu descontentamento. Entregar uma obra desta envergadura directa e solitáriamente a um arquitecto, nacional ou estrangeiro, pressupõe (ou devia…) um conhecimento da sua obra, da sua metodologia de trabalho. Supõe que o resultado final será sempre do “agrado” do promotor (sendo esta como é uma encomenda pública). Devia, isso sim, ter sido realizado um concurso (aberto ou restrito, enfim) de arquitectura para este caso. Como forma de potenciar a discussão e asserção da melhor solução possível. Mas uma vez mais, tal como aconteceu com a Casa da Música, não se aclara algo absolutamente indispensável: o programa. A sua pertinência, exequibilidade e razoabilidade – financeira e museológica. E o porquê, já agora, de ser o ministério da Economia (!?) a responsabilizar-se pela encomenda desta obra. Porque, e colocando-me na pele de P. M. da Rocha, se o programa é claro (de ponto de vista do promotor) e se os prazos são exíguos (2010, Comemoração do centenário da implantação da Republica), pouca coisa mais há a fazer do que pôr mãos-à-obra e dar razão à encomenda.


Via oasrs

O segundo vector do meu descontentamento prende-se com a falta de uma visão global e integrada da cidade e dos seus elementos constituintes. Esta poderia ser muito bem a oportunidade para pensar Belém e a plataforma que vai desde o Porto de Lisboa (outra bela estória…) até à Docapesca como um “Bairro de Museus” de Lisboa (com o pensamento em Viena ou Madrid, por ex). Que sentido por exemplo faz hoje toda a zona em frente aos Jerónimos não estar ainda pura e simplesmente restrita a peões e a transito especifico? E a linha do comboio? O seu enterramento neste troço poderia ser equacionado? É disto que eu falo. É disto que deveríamos falar. Porque a arquitectura começa aqui.



março 05, 2009

O buraco da crise


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Situado em plena baixa de Chicago, nas proximidades do lago Michigan, aquele que estava previsto ser o mais alto edifício na América resume-se neste momento a um enorme... buraco. Um projecto da autoria de Santiago Calatrava, a Chicago Spire é um complexo de escritórios e residências com 150 andares e 610 metros de altura. A construção teve inicio em 2007 e estava prevista a finalização para o segundo semestre de 2011, mas desde o final de 2008 por força de dificuldades de financiamento ela encontra-se embargada. Os problemas começaram quando o Anglos Irish Bank, entidade bancária que havia tomado parte no financiamento da totalidade do complexo, entrou em processo de falência na sequência da crise do sub-prime. Aliás todo o processo de financiamento bancário que rodeou a construção do complexo é um exemplo da matriz da própria crise. O projecto foi aprovado e a construção teve o seu inicio sem que se cumprisse a regra de 50% de apartamentos previamente vendidos. No momento da aprovação apenas um terço dos 1200 luxuosos apartamentos tinham contratos de venda assinados. Parte considerável das esperanças dos promotores imobiliários estão agora depositadas na possível vitória de Chicago como cidade-sede das Olimpíadas em 2016.
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